terça-feira, 25 de setembro de 2012

Agravamento do IRS para todos substitui abandono da TSU

O agravamento do IRS foi a solução que Pedro Passos Coelho ontem levou à Concertação Social para compensar a devolução parcial dos subsídios de férias e de Natal do setor público e pensionistas em 2013. Pelo caminho ficou a subida da Taxa Social Única a cargo dos trabalhadores, mas estes devem preparar-se na mesma para uma redução do seu rendimento, seja por via, já em janeiro, de um aumento das tabelas de retenção na fonte, seja através de uma taxa extraordinária a aplicar de uma só vez num dos subsídios."O Governo está a preparar uma medida que visa devolver parcialmente os subsídios ao setor público e aos pensionistas" disse o primeiro-ministro sinalizando que a parte mais substancial "desta compensação terá de ser feita através dos impostos diretos, nomeadamente através do reescalonamento do IRS", de forma a que "o setor privado" seja também chamado a contribuir. É ainda intenção do Governo, referiu, alargar o alcance do esforço a mais portugueses, com um instrumento fiscal que abranja rendimentos do trabalho, capitais e património.
Este novo pacote de austeridade será detalhado no Conselho de Ministros extraordinário marcado para amanhã sobre o Orçamento de Estado para 2013. Pedro Passos Coelho disse que, não sendo possível suprir com cortes na despesa a poupança obtida com a suspensão dos subsídios do setor público e dos pensionistas, a "compensação" tem de ser encontrada do lado da receita, "chamando o setor privado a contribuir com um subsídio ou parte de um subsídio".

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