quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A vida de um jovem português na Noruega

Pedro Santos tem 27 anos, é engenheiro numa petrolífera em Oslo e recebe um salário líquido acima dos cinco mil euros.
Há um ano que Pedro Santos vive em Oslo onde trabalha numa petrolífera. Aos 27 anos, este jovem engenheiro - que em 2009 ainda estava a terminar o curso de Engenharia Civil no Instituto Superior Técnico - tem um salário acima dos cinco mil euros líquidos. Sobre a vida na Noruega, conta: "economicamente compensa e em termos de qualidade de vida também. O Sistema Nacional de Saúde funciona. Para os meus colegas que têm filhos, Oslo é uma óptima cidade para os educar. É relativamente pequena, tem boas escolas públicas, etc." Ainda assim, acrescenta, o custo de vida é elevado" e "é difícil, por exemplo, encontrar um T1 para arrendar, no centro de Oslo, por menos de 1.200/1.500 euros".
Seja como for, na capital norueguesa, Pedro pode ambicionar ter, daqui a uns anos, uma casa e um carro, o que em Portugal seria muito mais difícil ou quase impossível. "Aqui consigo poupar alguma coisa. Em Lisboa, teria de dividir uma casa com amigos porque nem dava para pagar a renda sozinho", garante.
Pedro Santos é engenheiro civil de estruturas, uma especialização que o torna um profissional "apetecível" para as petrolíferas, uma vez que estas empresas procuram quem saiba trabalhar na construção metálica e não no betão, como acontece com a maioria dos engenheiros civis em Portugal. Isto porque muitos dos recrutados vão trabalhar no desenho do equipamento usado no mar.
O horário de trabalho, na Noruega, é de sete horas e meia por dia. Muita gente começa às 7 horas e às 15h00 está a sair. "No meu caso o horário é flexível, quando faço mais horas, ou são pagas ou saio mais cedo no dia seguinte ou junto mais horas e depois tiro um dia", acrescenta o jovem engenheiro.
Ao fim de um ano, Pedro Santos já tem amigos na cidade. "Nas petrolíferas trabalham muitos estrangeiros e começamos logo a dar-nos uns com os outros", frisa.
O que lhe custa mais? O frio, a falta de luz nos meses de Inverno e não poder ir muitas vezes a um restaurante, porque é muito caro. O que mais o tem surpreendido pela positiva é o contacto com a natureza. "Aos fins-de-semana vamos fazer ski, pescar, andar de bicicleta, etc." Regressar a Portugal é que não está nos seus planos. "Aqui olho para o futuro e vejo oportunidades", desabafa.
Fonte: J. Económico

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