Pelo menos 60% dos europeus não estão satisfeitos com o seu trabalho.
Como encontrar emprego?' é por estes dias, no mundo ocidental, o
maior drama, a grande questão. Uma interrogação à qual, num segundo
plano de prioridades, se junta outra: como encontrar o emprego perfeito?
E é sobre esta segunda inquietação que Roman Krznaric, autor de "Como
Encontrar o Trabalho Perfeito" (Lua de Papel) se debruça.
Numa obra de fácil leitura, Krznaric, que é considerado um dos
grandes pensadores britânicos sobre estilos de vida, leva o leitor por
uma viagem que junta "a necessidade de querer falar", " de ser
entendido", com a psicologia, a sociologia e a filosofia.
Consciente de que falar do trabalho perfeito poderá não ter lógica para quem simplesmente procura emprego, Krznaric não quer deixar de tocar no outro drama da sociedade: o da falta de satisfação - uma palavra que, em 1755, ainda não existia no dicionário Samuel Johnson ( uma referência no mundo anglo-saxónico). Percorrendo as questões-chave que levam à desmotivação laboral, Krznaric apresenta alguns problemas emocionais fortes, que surgem quando não se está satisfeito com o que se faz. Como, por exemplo, a predominância, na nossa sociedade, de ataques de pânico (ou medo).
Consciente de que falar do trabalho perfeito poderá não ter lógica para quem simplesmente procura emprego, Krznaric não quer deixar de tocar no outro drama da sociedade: o da falta de satisfação - uma palavra que, em 1755, ainda não existia no dicionário Samuel Johnson ( uma referência no mundo anglo-saxónico). Percorrendo as questões-chave que levam à desmotivação laboral, Krznaric apresenta alguns problemas emocionais fortes, que surgem quando não se está satisfeito com o que se faz. Como, por exemplo, a predominância, na nossa sociedade, de ataques de pânico (ou medo).
Citando exemplos, do princípio ao fim, escreve o autor que as
experiências que descreve neste livro, "reflectem o surgimento de dois
novos tipos de doença no local de trabalho dos tempos modernos, ambos
sem precedentes na história: a praga da insatisfação relativamente ao
trabalho e uma epidemia de incertezas quanto à escolha do percurso
profissional certo.
Como escreve o autor - que é membro fundador da "The
School of Life", de Alain de Botton, criada em Inglaterra, em 2008
-,"pelo menos 60% dos europeus não estão satisfeitos com o trabalho que
têm, mesmo numa época em que os empregos são escassos." O que fazer? " A
atitude predominante é a resignação". Mas há que lutar contra ela. E
para tal, propõe, o leitor deve "auto-questionar-se": o que é que o seu
trabalho actual lhe está a fazer enquanto pessoa, à sua mente, carácter e
relacionamentos?". "Hard question, difícil resposta". Defende o
autor que se deve começar com a pergunta-chave: que trabalho queremos?
Para tal, há que definir três variáveis: "O trabalho faz sentido para o
leitor?"; "permite-lhe fluir?" e "confere-lhe liberdade?". Mais: alguma
vez esteve de tal forma entusiasmado que nem deu pelo tempo passar? Se
sim, está no bom caminho. Senão, procure uma outra viagem.
Além da sensível questão de falar "da escolha do emprego" (numa época marcada por tanto desemprego), o que pode ser considerado "inapropriado", este manual tem a pertinência de motivar e de olhar para a frente. Para a construção, também de carreiras e de emprego. Atribui um sentido ao trabalho e desmistifica algumas questões,que vivem com os trabalhadores. Por exemplo, "se acha que é difícil ter uma carreira agradável e bem sucedida, ao mesmo tempo que cria os seus filhos, lembre-se: a culpa não é sua", defende o autor, acrescentando que " as limitações do tempo e as tensões emocionais que enfrenta são, em grande parte, consequência de factores sociais e culturais que tornam extraordinariamente difícil, sobretudo para as mulheres, ter tudo". "Isto não é a sua crise do trabalho, é a crise da sociedade", conclui.
Além da sensível questão de falar "da escolha do emprego" (numa época marcada por tanto desemprego), o que pode ser considerado "inapropriado", este manual tem a pertinência de motivar e de olhar para a frente. Para a construção, também de carreiras e de emprego. Atribui um sentido ao trabalho e desmistifica algumas questões,que vivem com os trabalhadores. Por exemplo, "se acha que é difícil ter uma carreira agradável e bem sucedida, ao mesmo tempo que cria os seus filhos, lembre-se: a culpa não é sua", defende o autor, acrescentando que " as limitações do tempo e as tensões emocionais que enfrenta são, em grande parte, consequência de factores sociais e culturais que tornam extraordinariamente difícil, sobretudo para as mulheres, ter tudo". "Isto não é a sua crise do trabalho, é a crise da sociedade", conclui.
Fonte: Económico
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