Pedro Pinto, presidente da Câmara de Comércio Luso-Belga-Luxemburguesa em Portugal, fala do emprego nesses países.
Há trabalho sobretudo para "engenheiros, enfermeiros, mas também
tecnologias de informação", garante Pedro Pinto, que acrescenta: "Temos
conhecimento de várias propostas provenientes da Bélgica onde as
empresas procuram especificamente engenheiros portugueses, nomeadamente
na área da engenharia mecânica e de ‘software'".
O presidente da Câmara de Comércio Luso-Belga-Luxemburguesa diz que é
cada vez mais solicitado para colaborar em iniciativas para a procura
de trabalhadores qualificados para o mercado belga, uma vez que a Câmara
de Comércio que dirige conhece bem a realidade portuguesa e belga e é
uma mais-valia para empresas ou associações empresariais que procuram
mão-de-obra qualificada em Portugal.
E não é só a engenharia a precisar de candidatos: "No sector da
construção também existem oportunidades para profissionais já com algum
grau de qualificação. Para trabalhadores com um nível de qualificação
menor destaca-se a procura nos hotéis, restaurantes e cafés", continua
Pedro Pinto.
Portugal tem feito parte do roteiro de várias agências de
recrutamento e institutos de emprego destes dois países, que têm feito
acções e eventos com o objectivo de encontrarem trabalhadores
portugueses dispostos a trabalhar na Bélgica ou Luxemburgo. Só em Maio
de 2012, na Feira de Emprego do ISEL, a VDAB (o serviço de emprego da
Flandres) recrutou 38 portugueses para trabalharem em empresas belgas. O
evento deverá repetir-se ainda este mês e, novamente, com o apoio da
Câmara de Comércio.
A língua volta a ser um critério importante na hora de emigrar. O
presidente da Câmara de Comércio avisa: "Os empresários belgas que nos
contactam transmitem-nos que na Bélgica o domínio da língua não é
fundamental para trabalhos pouco especializados, mas para trabalhos
especializados o conhecimento de uma das línguas faladas a nível
nacional (o francês e o neerlandês, dependendo da região) e/ou o inglês é
indispensável."
Totalmente desanconselhado é partir sem estar devidamente informado e
enquadrado, "pois o desemprego num país que não é o de origem pode
provar ser uma realidade ainda mais dura".
Fonte: Económico
Fonte: Económico
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