quinta-feira, 1 de novembro de 2012

As cinco dicas sobre como preparar as suas finanças para a reforma.

1. Quanto mais cedo começar a poupar, melhor
Começar a poupar para a reforma assim que entrar na vida activa seria o ideal. Não sendo possível, comece assim que conseguir. Se ainda for jovem e tiver começado a trabalhar há pouco tempo, certamente pensará que tem ainda muito tempo para poupar. Mas, deve ter em mente que é cada vez mais difícil garantir na reforma o mesmo nível de vida que tem enquanto trabalha. "Iniciar a poupança o mais cedo possível exige menor esforço face a tentar constituir próximo da reforma", sublinha a direcção de investimentos do Banco Best. Ou seja, quanto mais cedo começar a amealhar, menor será o esforço de poupança. Deste modo, também poderá tirar o maior partido do efeito da capitalização dos retornos.

2. Defina os objectivos que pretende cumprir
Estabelecer os objectivos que pretende ver atingidos é uma fase primordial na constituição de qualquer tipo de poupança. Assim, quando começar a constituir o seu complemento de reforma, estabeleça as metas que pretende ver alcançadas no momento em que terminar a sua vida activa, definindo o montante que pretende ter aforrado no final. Uma estratégia que lhe permitirá calcular o montante que terá de poupar ao longo da sua vida activa, de acordo com os rendimentos que for obtendo e as despesas em que incorrer. Esta definição de objectivos vai permitir adoptar uma estratégia de poupança mais disciplinada e poderá ajudar a que o esforço de poupança seja repartido ao longo da vida activa.

3. Siga uma estratégia de acordo com a sua idade
A atitude a adoptar terá de estar de acordo com a idade. Se, efectivamente, começar a poupar ainda longe da reforma, poderá seguir uma estratégia mais arrojada, visando rendibilidades mais elevadas e, consequentemente, assumindo mais risco. Pelo contrário, a aproximação do final da vida activa exige uma atitude mais conservadora e, como tal, a aposta em activos que podem representar retornos inferiores, mas que não acarretem o risco de perda de capital. Ao estar perto da aposentação tem já pouco tempo para recuperar de perdas avultadas. Importante é ainda ser disciplinado, "poupar sempre, não importa quanto, nem que seja uma pequena percentagem do rendimento", considera Rui Bárbara, gestor de activos do Banco Carregosa.

4. Diversifique a sua estratégia de investimento
Uma regra essencial é "evitar concentrar todos os investimentos num único tipo de activo, estratégia, região ou sector", defende a direcção de investimentos do Banco Best. Seja qual for o objectivo da poupança, a diversificação é uma questão essencial. Não deve abdicar dela em qualquer circunstância. Estruturar uma carteira de investimentos exposta a várias classes de activos, várias regiões, várias moedas, vários prazos e até várias instituições financeiras é fundamental para garantir a estabilidade das suas poupanças e diminuir as eventuais perdas. A diversificação ajuda a mitigar o risco a que está exposto. Deve também conhecer com o maior rigor possível os produtos nos quais vai apostar, evitando surpresas desagradáveis.

5. Continue a gerir a sua poupança na reforma
Não dê por terminada a tarefa de poupança para a reforma quando acabar a sua vida activa. A esperança média de vida tem vindo a aumentar e não sabe quantos anos ainda lhe estão reservados depois de se reformar. Terá de garantir um nível de vida satisfatório nos seus últimos anos. Caso não necessite imediatamente de todo o montante poupado, o melhor a fazer é não concluir a gestão das poupanças. Esta gestão deve ser adequada aos seus objectivos, à sua situação financeira e ao pouco tempo que tem para recuperar de perdas avultadas. Algumas instituições disponibilizam já planos financeiros pós-reforma para onde pode canalizar parte da sua poupança. Pode também ter a possibilidade de receber o dinheiro em rendas mensais vitalícias.
Fonte: Económico

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