Trabalhadores que rejeitem os duodécimos devem fazer bem as contas. É que em Fevereiro serão feitos os acertos do IRS.
Quem recebeu o ordenado de Janeiro com as taxas de retenção na fonte aplicadas em 2012 terá de fazer bem as contas se optar por não receber parte dos subsídios - férias e Natal - em duodécimos.
Isto porque só em Fevereiro terá o salário com as novas taxas de retenção na fonte, tendo por isso um orçamento familiar mais apertado.
É que no próximo pagamento serão feitos os acertos relativos ao IRS, pelo que a quebra de rendimento será maior do que nos restantes meses. Além do montante que será retido na fonte referente a Fevereiro, terá de ser retido também o valor correspondente ao diferencial entre a taxa actualizada de 2013 e o que já foi pago em Janeiro com a taxa antiga, praticada em 2012. E aqui entram também os cálculos da sobretaxa. Utilize os simuladores para fazer as contas.
Recorde-se que hoje é o último dia que os trabalhadores do sector privado têm para decidir se querem ou não duodécimos.
A diluição de parte dos subsídios de férias e de Natal por 12 meses foi a forma que o Governo encontrou de mitigar o efeito do aumento significativo dos impostos, para que as famílias não sentissem tanto o impacto da quebra dos rendimentos ao final do mês e para que o consumo não caísse a pique.
Assim a questão só se coloca para aqueles que optem por receber os subsídios como até aqui - pagos na altura das férias e no Natal.
Os trabalhadores que escolherem duodécimos verão a subida da carga fiscal compensada pelos duodécimos, pelo que não sentirão tanto, no curto-prazo, a quebra do rendimento. O impacto será sentido apenas nos meses de Verão e Natal, quando estes contribuintes só receberem metade dos subsídios.
Fone: Económico
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